O Senado Federal se prepara para instalar a CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (04). A iniciativa que ganhou impulso após a recente megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, superando o histórico massacre do Carandiru em 1992.
A comissão, que contará com nomes de peso como Flávio Bolsonaro e Sergio Moro entre os titulares, terá como objetivo principal investigar e diagnosticar o funcionamento das organizações criminosas no Brasil. Com duração inicial prevista de 120 dias, prorrogáveis por igual período, a CPI será composta por 11 membros titulares e sete suplentes.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento que deu origem à CPI, é o principal cotado para assumir a relatoria. Em suas declarações, Vieira destacou: “Nossa expectativa é que a CPI consiga fazer um diagnóstico completo do funcionamento de facções e milícias no território nacional, que consiga apontar como elas atuam, as fontes de financiamento, rotas. Também aponte com clareza a técnica, quais são as ações que são adotadas no momento nos estados para combate ao crime, o que funciona, o que não funciona”.