A Coreia do Sul alcançou um marco histórico ao finalizar um acordo com os Estados Unidos para a construção de submarinos de propulsão nuclear. O documento, divulgado pela Casa Branca, estabelece uma cooperação no fornecimento de combustível nuclear e representa uma significativa evolução nas relações entre os dois países.
Este acordo surge em um momento de crescentes tensões na península coreana, especialmente considerando a presença nuclear da Coreia do Norte e a política expansionista da China. A parceria se estabelece logo após um importante tratado comercial entre os dois países, que reduziu as tarifas recíprocas de 25% para 15%.
* A Casa Branca confirmou oficialmente a aprovação para que a Coreia do Sul construa “submarinos de ataque movidos a energia nuclear”, comprometendo-se a colaborar com os requisitos do projeto, incluindo o fornecimento de combustível.
* A Coreia do Sul, que já possui cerca de 20 submarinos convencionais movidos a diesel, poderá agora desenvolver embarcações com capacidade de operar por distâncias maiores e com velocidade superior.
* Existe uma disputa sobre o local de construção dos submarinos: enquanto o ex-presidente Trump afirmou que seriam construídos em um estaleiro na Filadélfia, autoridades sul-coreanas defendem a construção local.
* O acordo representa uma resposta estratégica à Coreia do Norte, que recentemente revelou estar desenvolvendo seu próprio programa de submarinos nucleares, possivelmente com apoio russo.
* A China demonstrou preocupação com o acordo, com seu embaixador na Coreia do Sul, Dai Bing, solicitando que Seul “lidasse com essa questão de forma prudente”.
* Especialistas como Jo Bee-yun, do Instituto Sejong, destacam que a aquisição desses submarinos ajudará a Coreia do Sul a manter sua competitividade na crescente corrida armamentista do Leste Asiático.
Para Washington, o apoio ao programa sul-coreano serve como instrumento de pressão tanto sobre a Coreia do Norte quanto sobre a China. Yang Uk, pesquisador do Instituto Asan de Estudos Políticos, sugere que a Coreia do Sul atuará como representante dos EUA na região, expandindo consideravelmente seu orçamento de defesa.
O próximo passo será ajustar o acordo nuclear entre os dois países, estabelecendo os parâmetros para o fornecimento de combustível nuclear e definindo limites para seu uso militar. A Coreia do Sul, que já é uma potência em energia nuclear civil, terá que trabalhar dentro das limitações impostas pelos EUA quanto ao enriquecimento e reprocessamento de urânio.