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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira (4) sua reunião para definir a taxa básica de juros. O mercado financeiro prevê a manutenção da Selic em 15% ao ano, seguindo a linha indicada na última reunião de setembro.
Na última ata, o Copom sinalizou que manterá a taxa em patamar elevado por um “período bastante prolongado”, não descartando inclusive a possibilidade de novas altas. Esta postura reflete a preocupação com o cenário econômico atual.
* O Banco Central destacou que o cenário permanece marcado por “expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”.
* A economista-chefe do banco Inter, Rafaela Vitoria, sugere que pode haver uma mudança de tom no próximo comunicado, citando sinais de desaceleração da inflação, que se aproxima do teto da meta de 4,5%, além de um câmbio mais controlado.
* Mesmo com uma visão mais otimista do cenário macroeconômico, a expectativa é que o Copom mantenha uma postura cautelosa, mantendo juros elevados e postergando possíveis cortes para o primeiro trimestre de 2026.
Ian Lima, gestor de renda fixa do Inter Asset, avalia que o comunicado do Copom deve reforçar a estratégia de manutenção da Selic em níveis elevados, mantendo um tom rigoroso e com poucas alterações no balanço de riscos, apesar da “melhora inequívoca das expectativas do Focus entre reuniões e um qualitativo de inflação corrente bastante benigno”.
A decisão final do Copom será divulgada na quarta-feira (5), com expectativa de manutenção da atual política monetária restritiva, visando assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida.
