A Polícia Civil realizou uma operação que resultou na prisão de sete pessoas suspeitas de envolvimento com o Comando Vermelho em Juiz de Fora (MG) e na Região dos Lagos (RJ). Segundo as investigações, o grupo movimentou aproximadamente R$ 30 milhões em dois anos através de atividades criminosas, incluindo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A operação denominada Êxodo, planejada ao longo de 10 meses, mobilizou 80 policiais somente em Minas Gerais e cumpriu 24 mandados de busca e apreensão. Cinco homens e duas mulheres foram detidos, enquanto outros três suspeitos permanecem foragidos.
Pontos principais da operação:
* O grupo tinha como principal ponto de articulação o Bairro Linhares, em Juiz de Fora, escolhido estrategicamente pela proximidade com unidades prisionais
* Durante as buscas, foram apreendidos diversos bens, incluindo armas, dinheiro, lanchas, moto aquática, carros e rádios comunicadores
* Em Ubá, um dos alvos foi o proprietário de uma produtora de eventos, também residente de Juiz de Fora
O delegado Márcio Rocha, responsável pela investigação, declarou: “O Linhares é um bairro estratégico para a organização pela proximidade do presídio e com as lideranças que estão presas ali. A gente já vem monitorando esse pessoal há algum tempo e a operação de hoje foi um desdobramento de operação anterior já realizada que eles [alvos] também lavavam dinheiro para o tráfego, especificamente o Comando Vermelho”.
A ação tem conexão com a operação “Genesis 3:19”, realizada em junho do ano passado, que resultou na prisão de quatro pessoas da mesma família por suspeita de agiotagem e ameaças em Juiz de Fora.
Os delegados ressaltaram que, diferentemente do Rio de Janeiro, não existe controle territorial armado por parte do Comando Vermelho em Minas Gerais. “Queremos tranquilizar a população de Juiz de Fora e a população de Minas quanto a essa migração de faccionados. Em Minas Gerais, não existe controle territorial armado. Aqui é polícia entra, em qualquer lugar, a qualquer hora”, afirmou o delegado.