Bolsonaro tem baixa adesão popular após prisão

Bolsonaro tem baixa adesão popular após prisão

Aliados do ex-presidente demonstram frustração com a fraca mobilização nas ruas após sua prisão preventiva, atribuindo o fenômeno ao cansaço e medo dos apoiadores

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não gerou a mobilização popular esperada por seus aliados, gerando um sentimento generalizado de frustração no campo bolsonarista. A baixa adesão às manifestações e protestos tem sido tema de debate entre apoiadores e parlamentares.

Influenciadores e parlamentares da direita reconhecem publicamente a fraca mobilização da base, atribuindo o fenômeno a diversos fatores, incluindo o cansaço dos apoiadores e a forma gradual como o processo de prisão se desenvolveu.

* A vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do pai, em Brasília, atraiu apenas algumas dezenas de pessoas, mesmo tendo sido realizada logo após a prisão.

* Na Superintendência Regional da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido em uma cela especial, o cenário se repetiu com baixa presença de manifestantes, registrando cerca de 40 pessoas no domingo.

* Martin De Luca, advogado da Trump Media, criticou nas redes sociais a falta de protestos, afirmando que “A verdade incômoda é que nenhum país estrangeiro pode salvar uma nação cujos próprios cidadãos têm medo demais de defendê-la.”

O blogueiro Paulo Figueiredo, réu em ação no STF, fez um apelo durante transmissão ao vivo: “Os americanos cobram e perguntam: onde está a pressão popular do brasileiro? Então, não fiquem esperando que tudo caia dos céus daqui sem que ninguém precise fazer nada no Brasil”.

Parlamentares apresentam diferentes interpretações para a baixa mobilização. A deputada Rosana Valle (PL-SP) sugere que não há apatia, mas cautela, enquanto o vereador Adrilles Jorge (União Brasil) atribui o fenômeno ao desgaste da base após tentativas anteriores de mobilização.

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) argumenta que “A prisão do 8 de janeiro foi um recado: quem se insurgir irá para cadeia. O povo brasileiro está assustado. Pasmem, parlamentares estão assustados”.

Segundo análise do cientista de dados Sergio Denicoli, os bolsonaristas demonstram desânimo nas redes sociais diante da falta de mobilização popular, com parte do grupo realizando uma autocrítica sobre movimentos anteriores que podem ter favorecido a esquerda.

A atual estratégia do grupo concentra-se em esforços no Congresso, com deputados e senadores sendo orientados a mobilizar seus seguidores para pressionar outros parlamentares em favor da anistia.

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