A Black Friday, tradicional data de liquidações que teve origem nos Estados Unidos, acontecerá em 28 de novembro de 2025. No Brasil, desde sua implementação em 2010, o evento tem apresentado crescimento expressivo, com projeções indicando movimentação de R$ 9,08 bilhões em vendas online para 2025, um aumento de 14,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da Abiacom.
No Brasil, sua trajetória começou modestamente, com apenas R$ 3 milhões em vendas online em 2010, evoluindo para R$ 7,93 bilhões em 2024.
* O termo “Black Friday” surgiu inicialmente em 1869, relacionado a uma crise no mercado do ouro em Nova York
* Na década de 1950, uma newsletter do mercado de trabalho utilizou o termo para descrever o alto índice de faltas no dia após o Ação de Graças
* A popularização do termo ocorreu em Filadélfia, quando policiais o utilizavam para descrever o caótico trânsito causado pelo fluxo de consumidores
* Os lojistas posteriormente ressignificaram o termo, associando-o ao momento em que seus negócios “voltavam ao azul”, indicando lucro
* O surgimento de “preços maquiados” gerou desconfiança entre os consumidores brasileiros
* A data ganhou o apelido de “Black Fraude” nas redes sociais
* Problemas técnicos em sites de e-commerce contribuíram para uma imagem negativa inicial
* Lojistas implementaram medidas como selo de credibilidade e código de ética para recuperar a confiança
Segundo Rodrigo Bandeira, vice-presidente da Abiacom, “O consumidor é atento, principalmente o que está acostumado a fazer compras pela internet. Ele pesquisa, utiliza as ferramentas que acompanham a linha histórica de preços”. Ele ainda ressalta que “Pode até existir desconfiança, mas quem vai comprar consegue fazer bons negócios, não deixa de comprar”.
A pesquisa Niq Ebit revelou que 24% dos consumidores que não pretendem participar da Black Friday citam a descrença nos descontos como principal motivo, seguido por evitar compras por impulso (16%) e falta de necessidade (11%).