Amazonas reduz desmatamento ao menor nível desde 2017

Amazonas reduz desmatamento ao menor nível desde 2017

Estado registra queda de 16,92% na área desmatada entre 2024 e 2025, segundo dados do Prodes, alcançando o menor índice dos últimos oito anos

O estado do Amazonas alcançou uma significativa redução no desmatamento, registrando uma queda de 16,92% entre agosto de 2024 e julho de 2025, em comparação com o período anterior. Segundo o levantamento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), foram suprimidos 1.016 quilômetros quadrados de vegetação, contra 1.223 km² no ciclo anterior.

Este resultado representa o menor índice de desmatamento no Amazonas desde 2017, quando foram registrados 1.001 km² de área desmatada. Os dados, compilados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e monitorados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), fazem parte do balanço anual do sistema Prodes.

O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destacou que o resultado positivo é fruto da intensificação das ações de fiscalização e da parceria entre órgãos estaduais e federais. “Com o respaldo do governador Wilson Lima e a coordenação entre Ipaam, Sema e parceiros federais, intensificamos a presença no território, usamos inteligência geotecnológica para localizar áreas críticas e ampliamos ações de prevenção, fiscalização e de educação ambiental”, afirmou.

Eduardo Taveira, secretário de Estado do Meio Ambiente, atribuiu a redução ao fortalecimento das políticas públicas ambientais e à integração entre os órgãos governamentais. “Ao mesmo tempo, temos investido em políticas estruturantes, como o apoio às comunidades e o incentivo à bioeconomia, que são fundamentais para consolidar a redução do desmatamento de forma duradoura”, destacou o secretário.

O monitoramento do desmatamento no Amazonas é realizado através de dois sistemas complementares do Inpe: o Prodes, que fornece dados consolidados anualmente, e o sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), que funciona como um alerta rápido para ações imediatas de fiscalização.

Apesar dos resultados positivos, as secretarias estaduais mantêm a vigilância e as operações de fiscalização como prioridade. A estratégia inclui ações integradas de inteligência ambiental, apreensão de equipamentos ilegais, interdição de acessos clandestinos e articulação com prefeituras e comunidades locais.

No contexto geral da Amazônia Legal, houve uma redução de 11,07% no desmatamento, passando de 6.518 km² em 2024 para 5.796 km² no período atual.

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