Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, acusado de assassinar o gari Laudemir Fernandes, apareceu com visual completamente transformado durante depoimento à Justiça na quarta-feira (26). Após três meses detido no Presídio de Caeté, na Grande BH, o réu surgiu com cabelos grisalhos e usando óculos, contrastando drasticamente com sua aparência anterior ao crime.
O depoimento ocorreu no 1º Tribunal do Júri Sumariante, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte, através de videoconferência, com duração aproximada de 2h30. A mudança na aparência do acusado gerou diversos comentários nas redes sociais, com internautas destacando o envelhecimento visível do réu.
“Botox já caiu, a carcaça já murchou e o cabelo já nevou”, escreveu um internauta. “Gente, envelheceu uns 20 anos”, comentou uma segunda usuária. “Até nevou no cabelo”, disse outra. “Os cabelos ficaram brancos rápido”, observou uma quarta pessoa.
Cronologia do caso:
* Em 11 de agosto, Renê Júnior, que dirigia um BYD cinza, se irritou com um caminhão de coleta de lixo no bairro Vista Alegre, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
* O acusado inicialmente ameaçou a motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, de 44 anos, apontando uma arma para seu rosto.
* Na sequência, Renê desceu do carro armado e, após um breve momento em que deixou cair o carregador da arma, efetuou o disparo que atingiu o gari Laudemir Fernandes.
* A vítima foi atingida na região das costelas do lado direito, com a bala atravessando seu corpo e se alojando no antebraço esquerdo. Apesar do socorro, Laudemir não resistiu aos ferimentos.
Durante as audiências de instrução, foram ouvidas diversas testemunhas, incluindo colegas de trabalho da vítima. Eledias Aparecida Rodrigues, uma das principais testemunhas, relatou ter se sentido vítima do poder econômico do réu, que teria usado sua posição para constrangê-la e aos demais colegas.
Vale ressaltar que Renê Júnior, que se apresentava nas redes sociais como vice-presidente e diretor executivo, teve sua formação questionada após a Universidade Harvard desmentir que ele tivesse se formado na instituição, contrariando informações que constavam em seu perfil do LinkedIn.
O acusado responde por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual, podendo enfrentar uma pena superior a 30 anos de prisão caso seja condenado.