Venezuela reforça presença militar na fronteira com a Colômbia após aproximação dos EUA

Venezuela reforça presença militar na fronteira com a Colômbia após aproximação dos EUA

País intensifica segurança em resposta a operações militares dos EUA no Caribe, que já resultaram em 27 mortes em ataques a supostas embarcações do narcotráfico

A Venezuela intensificou sua presença militar nas regiões fronteiriças com a Colômbia em resposta à presença de navios de guerra dos Estados Unidos no Caribe. A medida surge após um novo ataque americano realizado na quinta-feira (17), que, diferentemente dos anteriores, aparentemente deixou sobreviventes.

Os Estados Unidos mantêm desde agosto uma operação denominada “antidrogas” com diversos navios de guerra em águas internacionais do Caribe, próximo à costa venezuelana. As operações já resultaram em 27 mortes em ataques contra pequenas embarcações supostamente ligadas ao “narcoterrorismo”.

Tensões Diplomáticas

* O presidente Donald Trump acusou o presidente Nicolás Maduro de manter vínculos com o narcotráfico e autorizou operações da CIA contra a Venezuela
* Maduro rebateu as acusações, alegando que fazem parte de um plano para promover uma “mudança de regime” e assumir o controle das reservas petrolíferas do país
* A vice-presidente Delcy Rodríguez negou publicamente informações do jornal Miami Herald sobre supostas negociações com Washington para a saída de Maduro do poder

Mobilização Militar

* Em Táchira, estado que abriga as três principais pontes que conectam Venezuela e Colômbia, foram intensificadas as patrulhas na Ponte Internacional Simón Bolívar
* No estado do Amazonas, fronteira com Brasil, militares receberam ordens para proteger “empresas estratégicas” e “serviços básicos”
* Zonas costeiras como Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, próximas a Trinidad e Tobago, também receberam reforço militar

O último ataque americano, realizado na quinta-feira, gerou questionamentos sobre a legalidade das operações em águas internacionais, especialmente porque os suspeitos não foram detidos nem interrogados. Segundo as emissoras CBS, CNN e NBC, citando fontes do governo americano, pela primeira vez houve sobreviventes, embora o Pentágono não tenha confirmado esta informação.

A Venezuela solicitou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que impeça os Estados Unidos de cometer o que chamou de “crime internacional”. O embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, denunciou que Washington realizou um ataque em 14 de outubro, caracterizando-o como “uma nova série de execuções extrajudiciais contra civis” próximo à costa venezuelana.

Moncada afirmou que as últimas vítimas foram “dois humildes pescadores” de Trinidad e Tobago, ressaltando que os ataques também causaram vítimas colombianas. O diplomata enfatizou que a situação não é exclusivamente venezuelana e solicitou que o Conselho de Segurança investigue os ataques perpetrados pelos Estados Unidos.

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