O presidente Donald Trump autorizou secretamente operações clandestinas da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela, conforme revelado pelo The New York Times e posteriormente confirmado pelo próprio mandatário. A decisão marca uma escalada significativa na pressão americana contra o regime de Nicolás Maduro.
Durante entrevista no Salão Oval da Casa Branca, Trump confirmou suas intenções de expandir operações contra cartéis venezuelanos. “Certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar”, declarou o presidente americano. Quando questionado sobre a autorização à CIA para “remover Maduro”, Trump demonstrou irritação e evitou resposta direta.
O presidente americano justificou sua decisão com dois argumentos principais:
* A Venezuela estaria esvaziando suas prisões nos Estados Unidos
* O combate ao tráfico de drogas proveniente do território venezuelano, especialmente por rotas terrestres
Em resposta às declarações de Trump, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, fez um pronunciamento televisionado com tom de advertência: “Que nenhum agressor ouse, porque eles sabem que aqui está o povo de (Simón) Bolívar, que aqui está o povo de nossos ancestrais, com suas espadas erguidas para nos defender em qualquer circunstância”.
A tensão regional aumentou após bombardeiros Stratofortress B-52H da Força Aérea dos EUA serem avistados sobrevoando o Mar do Sul do Caribe. Em retaliação, Maduro ordenou exercícios militares nas principais comunidades venezuelanas e classificou a situação como a “ameaça militar mais letal e extravagante da história”.
O general de brigada Guaicaipuro Lameda, do Exército da Venezuela, atualmente exilado na Califórnia, analisa que as palavras de Trump sugerem uma estratégia de pressão psicológica visando a rendição do regime venezuelano.