Sirius revoluciona tratamento de cárie no Brasil

Sirius revoluciona tratamento de cárie no Brasil

Laboratório em Campinas permite desenvolvimento de solução com nanopartículas de prata que elimina cáries sem dor e sem uso do motor odontológico

Pesquisadores brasileiros estão próximos de revolucionar o tratamento odontológico através de uma descoberta realizada no superlaboratório Sirius, em Campinas (SP). A inovação consiste em uma solução com nanopartículas de prata, 50 mil vezes mais finas que um fio de cabelo, capaz de eliminar as bactérias causadoras da cárie sem a necessidade do tradicional motor odontológico.

O projeto é desenvolvido por uma startup formada por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que foi selecionada pelo programa de aceleração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). No Sirius, os cientistas estudam detalhadamente a ação das partículas sobre as infecções dentárias.

Como funciona o tratamento

* As nanopartículas penetram na estrutura dental e se aderem às bactérias
* O processo rompe as membranas bacterianas, bloqueando o funcionamento celular
* Uma barreira protetora é formada, interrompendo o avanço da cárie
* O tratamento dispensa o uso de anestesia e brocas

André Galembeck, pesquisador em nanotecnologia, destaca: “Nós desenvolvemos uma formulação que possibilita tratar a cárie sem precisar usar broca, sem precisar de anestesia, de uma forma completamente indolor. Já testamos isso com grande eficiência em mais de 3 mil crianças”.

Em um consultório odontológico em Campinas, testes experimentais já estão sendo realizados. A ortodontista Daniela Arruda ressalta a precisão do novo método: “Você vai removendo [com a broca], dificilmente você consegue ter uma precisão de remover só aquele tecido. Então você acaba tirando um pouquinho mais. Com esse produto, você usa apenas no local onde você quer que seja aplicado”.

O tratamento também se mostra especialmente benéfico para crianças, reduzindo o tempo de consulta e o trauma associado ao procedimento tradicional. Galembeck explica: “Se a gente não gosta da maquininha, você pensa na criança, né?”

Os estudos no Sirius continuam para desenvolver versões ainda mais seguras e preventivas do produto. Ohanna Costa, pesquisadora do CNPEM, afirma: “Aqui na linha permite que eles tenham informações seguras para disponibilizar esse produto para a sociedade”.

O próximo passo da equipe é retornar a Pernambuco e buscar a autorização da Anvisa para comercialização do produto, que também visa desenvolver uma fórmula preventiva contra a adesão de bactérias aos dentes.

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