Prefeituras de MG são vítimas de fraude em contas da Caixa; desvio é de R$ 12,5 milhões

Prefeituras de MG são vítimas de fraude em contas da Caixa; desvio é de R$ 12,5 milhões

Prefeituras de Minas Gerais são vítimas de fraudes em contas bancárias da Caixa Econômica Federal, com desvios milionários afetando serviços públicos

A Polícia Federal investiga uma série de golpes contra prefeituras de Minas Gerais que resultaram no desvio de R$ 12,5 milhões de contas mantidas na Caixa Econômica Federal (CEF). Os casos estão sendo apurados tanto pela PF quanto pela própria instituição bancária, após denúncias formalizadas pelos prefeitos e pela Associação Mineira dos Municípios (AMM).

O esquema fraudulento atingiu diversas prefeituras do estado, com diferentes valores sendo desviados através de transações bancárias não autorizadas. As investigações, conduzidas pelo delegado Richard Murad Macedo, apontam para possível envolvimento de uma quadrilha do Ceará. As informações são do Estado de Minas.

Principais casos registrados:

* Monte Sião, no Sul de Minas, teve R$ 5,7 milhões desviados através de 54 transações bancárias diferentes. Segundo o prefeito Juninho Zucato, o valor representa cerca de 4% do orçamento anual do município e afetaria principalmente a área da saúde.

* Em Ribeirão Vermelho, também no Sul de Minas, foram desviados R$ 690 mil em junho. O prefeito Welder Pereira relata que, mesmo a Caixa tendo detectado transações atípicas, não houve bloqueio preventivo.

* Carmópolis de Minas perdeu R$ 2,090 milhões em transações suspeitas. O prefeito Célio Roberto Azevedo afirma que as operações ocorreram fora do horário comercial e não foram impedidas pelo banco.

* A prefeitura de Silvianópolis foi vítima de um golpe que resultou no desvio de R$ 123 mil, após contato de falsos funcionários da Caixa que possuíam dados sigilosos das contas municipais.

O modus operandi dos criminosos incluía o uso de informações privilegiadas e contatos telefônicos nos quais se passavam por funcionários da Caixa. Os golpistas demonstravam conhecimento detalhado sobre as contas municipais, gerando credibilidade para suas ações fraudulentas.

Bruno Rodrigo Ubaldino Abreu, advogado da CEF, informou durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que as denúncias estão sob investigação interna. Ele explicou que, caso seja comprovada falha do banco, a instituição assumirá o prejuízo, podendo haver também responsabilização compartilhada em caso de falhas conjuntas.

A AMM, através de seu vice-presidente Lucas Vieira Lopes, cobra agilidade nas investigações e ressarcimento dos valores, destacando que as prefeituras são obrigadas a manter contas na Caixa para recebimento de transferências federais, o que demanda maior segurança nas operações bancárias.

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