Policiais civis de Minas Gerais, representados pelo Sindpol, realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (28), reivindicando melhorias salariais e melhores condições de trabalho. A manifestação, que teve participação menor que o esperado, resultou no adiamento da assembleia geral que decidiria sobre uma possível paralisação das atividades.
O Sindpol aponta que os policiais civis mineiros enfrentam uma perda salarial superior a 44% desde 2015, ocupando atualmente a quarta pior posição salarial entre as polícias civis estaduais do país. A categoria permanece em “estrita legalidade”, realizando apenas as atividades previstas em lei.
* Falta de combustível para viaturas, com recomendação expressa para limitar deslocamentos e investigações em locais distantes
* Problemas no pagamento de diárias para viagens investigativas, com servidores tendo que arcar com despesas do próprio bolso
* Sistema de tecnologia apresentando falhas críticas, impossibilitando consultas básicas sobre mandados de prisão no sistema de informações policiais (CIP)
* Déficit de efetivo e falta de estrutura nas delegacias, comprometendo investigações, especialmente as relacionadas ao crime organizado
Wemerson Oliveira, presidente do Sindpol, destacou as dificuldades enfrentadas em entrevista à Itatiaia: “Hoje falta combustível para as viaturas. Existe uma recomendação para que os policiais civis não façam viagens, não façam investigações em locais distantes aqui das unidades policiais e, principalmente, não viajem para outros estados porque não estão pagando diária”.
Sobre os problemas tecnológicos, Oliveira alertou: “As delegacias da Polícia Civil hoje estão com um problema tão crônico no sistema de tecnologia que as consultas sobre indivíduos com mandado de prisão no sistema de informações policiais, o CIP, não aparecem mais”.
O governo estadual alega dificuldades financeiras que impossibilitam reajustes salariais e novos investimentos em segurança pública no momento. Uma nova manifestação será agendada para ampliar a participação dos servidores e definir sobre a paralisação das atividades.