João Lucas Campelo, adolescente de 16 anos que ficou tetraplégico após ser baleado em dezembro de 2024 em uma escola particular de Teresina, busca uma nova esperança de recuperação. A família do jovem está se mobilizando para conseguir um tratamento experimental com polilaminina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As informações são do G1.
O incidente ocorreu em 4 de dezembro de 2024, quando João Lucas foi atingido por um tiro disparado por sua ex-namorada de 17 anos dentro do refeitório da escola. O projétil atingiu sua boca e ficou alojado na coluna, resultando em tetraplegia.
* O episódio aconteceu no refeitório da escola, onde estavam presentes apenas João Lucas, sua ex-namorada e uma funcionária da cantina
* Após uma breve conversa entre os dois, a jovem efetuou o disparo
* Em seguida, a autora abandonou a arma sobre uma mesa e fugiu do local
* A adolescente se refugiou em um estabelecimento próximo, onde confessou o ato
* A Polícia Militar realizou a apreensão da jovem
* Foi constatado que a arma utilizada pertencia ao pai da adolescente, um policial militar
A mãe de João Lucas, Cleytiana Campelo, que trabalha como cabeleireira, relata as dificuldades enfrentadas para custear o tratamento do filho: “Ele é muito pesado e não conseguimos dar conta, então precisamos desses profissionais diários, além de profissionais específicos que precisariam vir mais vezes para ele melhorar mais rápido”.
O jovem necessita de cuidados intensivos e conta com auxílio de home care desde abril de 2025. A família criou uma vaquinha online para arrecadar fundos que cubram despesas com fonoaudiólogo, cuidadores, insumos médicos, fraldas e suplementos alimentares, já que o plano de saúde não cobre todos os serviços necessários.
“Além de tudo, precisamos dessa preparação logística para o tratamento de reabilitação neurológica que buscamos para ele no Rio de Janeiro. Esse tratamento ainda depende de autorização oficial e exige viagem, hospedagem e acompanhamento. Queremos estar prontos para quando liberar”, explicou Cleytiana.
A ex-namorada, que portava também uma faca tipo peixeira em sua mochila no dia do incidente, responde por ato infracional análogo à tentativa de homicídio. A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí abriu uma sindicância para investigar o envolvimento do pai da jovem, proprietário da arma utilizada no crime.