A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou em seu relatório mensal que a produção brasileira de combustíveis líquidos registrou queda em agosto de 2024. O volume total recuou 68 mil barris por dia (bpd), atingindo 4,7 milhões de bpd, após ter alcançado um nível recorde de 4,8 milhões de bpd em julho.
A produção específica de petróleo brasileiro também apresentou redução equivalente em agosto, chegando a 3,9 milhões de bpd. Apesar desse cenário, a Opep mantém suas projeções positivas para os próximos anos.
* Para 2025, a organização prevê um crescimento de aproximadamente 230 mil bpd na oferta de combustíveis líquidos, alcançando uma média de 4,4 milhões de bpd
* Em 2026, projeta-se um aumento adicional de 160 mil bpd, elevando a produção para 4,5 milhões de bpd
* O Brasil permanece entre os quatro principais países não-membros da Opep que devem impulsionar o crescimento da oferta global de combustíveis líquidos, ao lado de EUA, Canadá e Argentina
A Opep manteve suas projeções para o crescimento econômico brasileiro, prevendo uma expansão do PIB de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. No entanto, a organização aponta riscos relacionados às elevadas tarifas impostas pelos Estados Unidos e aos desafios do déficit fiscal do país.
Em relação à política monetária, a organização prevê que a inflação permanecerá em torno de 5% em 2025. Baseando-se na ata de setembro do Banco Central do Brasil, a Opep antecipa que a taxa Selic deve se manter nos níveis atuais pelo menos até o final do primeiro semestre de 2026.