O destróier americano USS Gravely aportou neste domingo (26) no Porto da Espanha, capital de Trinidad e Tobago, país localizado a apenas 10 quilômetros da costa leste da Venezuela. A chegada do navio de guerra representa um aumento significativo do poderio militar americano na região do Caribe.
O navio, que permanecerá até o dia 30 na região, está equipado com um impressionante arsenal que inclui canhões de calibre 127 mm, mísseis Tomahawk e antiaéreos, além de capacidade para transportar dois helicópteros militares. Durante sua estadia, realizará exercícios de treinamento conjunto com as forças armadas de Trinidad e Tobago.
A presença do USS Gravely faz parte de uma série de operações militares americanas no Caribe que vêm ocorrendo desde agosto. O governo dos Estados Unidos tem intensificado suas ações na região, incluindo o envio de navios de guerra e a realização de ataques aéreos contra supostas embarcações de narcotraficantes venezuelanos. Estas operações acontecem em um contexto onde o presidente Nicolás Maduro é acusado de facilitar o tráfico de narcóticos para os EUA.
A Casa Branca também anunciou recentemente o planejamento para enviar o porta-aviões nuclear Gerald R. Ford, considerado o maior do mundo, junto com sua esquadra de escolta para o mar do Caribe. Em resposta, o presidente venezuelano Maduro caracterizou estas movimentações como uma tentativa de “inventar uma nova guerra”.
Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, justificou o reforço da presença naval americana afirmando que esta amplia a capacidade dos Estados Unidos de “detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos” que possam comprometer a segurança interna. Segundo ele, “Essas forças aprimoraram e ampliaram as capacidades existentes para desmantelar o tráfico de narcóticos e desmantelar as organizações terroristas transnacionais”.