Lula tenta pacificar base aliada no Maranhão após cisão entre Dino e governador Carlos Brandão

Lula tenta pacificar base aliada no Maranhão após cisão entre Dino e governador Carlos Brandão

Presidente busca unir governador Carlos Brandão e grupo político de Flávio Dino para evitar divisão que pode fortalecer oposição nas eleições de 2026

O presidente Lula (PT) demonstrou preocupação com a divisão da base aliada no Maranhão e busca mediar uma pacificação entre o governador Carlos Brandão (sem partido) e os aliados do ex-governador Flávio Dino, atual ministro do STF.

Durante visita a Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, para inauguração de um conjunto habitacional, Lula fez um apelo pela unidade de seus aliados no estado. Em entrevista à TV Mirante, o presidente alertou: “Eles têm que pesar muito a responsabilidade do que vão fazer porque na hora que a gente começa a brigar dentro de casa, a desavença chega a um nível que não conserta mais. Se a gente brincar em serviço, a gente acaba dando para o adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje”.

Cenário Político Atual

* A disputa pelo apoio de Lula para 2026 concentra-se em dois nomes: Orleans Brandão (MDB), sobrinho do atual governador, e Felipe Camarão (PT), vice-governador apoiado por aliados de Dino.

* A oposição se divide entre Eduardo Braide (PSD), atual prefeito de São Luís, e o bolsonarista Lahesio Bonfim (Novo), que ficou em segundo lugar em 2022.

Origens da Crise

* O relacionamento entre Brandão e Dino passou por altos e baixos, com Brandão assumindo o governo em abril de 2022 após a renúncia de Dino para concorrer ao Senado.

* A ruptura se intensificou após disputas políticas na Assembleia Legislativa e questões judiciais, incluindo a escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

* O afastamento culminou com a saída de Brandão do PSB após a senadora Ana Paula Lobato, suplente de Dino, assumir o comando estadual do partido.

O governador Brandão conta com uma base ampla de aproximadamente 180 prefeitos e apoio de setores conservadores, incluindo o PP do ministro André Fufuca, que prometeu apoiar a reeleição de Lula. Por outro lado, antigos aliados de Dino criticam o distanciamento de Brandão da esquerda e sua decisão de apoiar o sobrinho como sucessor.

O PT, que mantém cargos no governo Brandão sem protagonismo, deve seguir as diretrizes das negociações conduzidas por Lula e pelo diretório nacional. Como afirmou o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT): “O presidente Lula sinalizou pela pacificação e vai conduzir as negociações para construir um caminho da unidade”.

Uma reunião entre Lula e Brandão está marcada para a próxima semana, buscando um acordo sobre a sucessão.

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