O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou-se contra as recentes declarações e ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionadas ao combate ao narcotráfico. Em pronunciamento realizado durante visita à Jacarta, na Indonésia, Lula enfatizou que o papel de um chefe de Estado não é promover mortes, mas garantir que criminosos sejam presos e julgados adequadamente.
A crítica surgiu em resposta às operações militares americanas contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, além do anúncio de Trump sobre futuras ações terrestres contra cartéis de drogas.
“Você não fala que vai matar as pessoas. Tem que prender, julgar e punir de acordo com a lei. É o mínimo que se espera de um chefe de Estado”, declarou Lula durante coletiva de imprensa.
O presidente brasileiro ressaltou a importância da cooperação internacional e do respeito à soberania no combate ao narcotráfico. Segundo ele, “o mundo não pode continuar nessa polarização do bem contra o mal. O combate às drogas exige mais cuidado e cooperação entre as nações.”
Como exemplo de ação coordenada efetiva, Lula citou o trabalho conjunto realizado pela Polícia Federal, Interpol e países amazônicos, destacando que “não se combate o crime invadindo o território dos outros. Se cada país achar que pode agir como quiser dentro das fronteiras alheias, o mundo vira uma terra sem lei.”
O presidente brasileiro demonstrou abertura para discutir o tema com Trump durante o encontro programado para domingo, 26, na Malásia, caso o assunto seja incluído na pauta.