A polícia francesa prendeu dois suspeitos do roubo milionário ocorrido no Museu do Louvre, em Paris. O assalto, que resultou no desaparecimento de nove joias históricas avaliadas em R$ 550 milhões, aconteceu na galeria Apolo, um dos salões mais prestigiados do museu.
Os investigadores conseguiram identificar os suspeitos após uma minuciosa análise de mais de 150 amostras de DNA e impressões digitais encontradas na cena do crime. Um dos detidos possui dupla cidadania francesa e argelina, enquanto o outro é francês, já conhecido das autoridades por envolvimento em roubos sofisticados.
* O crime ocorreu numa manhã de domingo (19), quando os assaltantes utilizaram uma escada mecânica acoplada a um pequeno caminhão para acessar o museu.
* Em apenas quatro minutos, os criminosos conseguiram quebrar as vitrines e subtrair nove peças valiosas, incluindo o broche relicário da Imperatriz Eugênia, presente histórico de Napoleão, que contém dois diamantes de valor inestimável.
* Um dos suspeitos foi capturado no aeroporto Charles de Gaulle quando tentava embarcar para a Argélia.
Segundo a jornalista e pesquisadora Elane Sciolino, autora do livro “Aventuras no Louvre: Como se apaixonar pelo maior museu do mundo”, o incidente revelou sérias vulnerabilidades na segurança do museu. “Apenas 25% das salas de uma das áreas mais importantes são monitoradas por câmeras, e o museu tem limitações arquitetônicas que dificultam qualquer modernização”, explicou.
A investigação sugere que os criminosos podem ter tido acesso a um manual interno de emergência, indicando uma possível infiltração e planejamento detalhado da ação. Até o momento, a polícia francesa não confirmou a recuperação das joias roubadas e investiga a possibilidade de as pedras serem desmembradas para revenda no mercado negro.
Como medida preventiva, segundo a rádio francesa RTL, as demais peças valiosas do museu foram transferidas para um cofre do Banco da França em uma operação sigilosa e fortemente protegida.