Um homem apontado como principal líder do tráfico de drogas na comarca de Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, pode estar entre as vítimas fatais da operação policial realizada no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). O suspeito, conhecido pelo apelido de “Piter”, ainda aguarda confirmação oficial de sua identidade pelas autoridades fluminenses.
Segundo o delegado Diogo Quaresma, titular da Delegacia de Jacinto, existem fortes indícios que apontam para a morte do suspeito durante a ação policial. De acordo com as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o homem era considerado o principal articulador do tráfico de drogas na comarca, que inclui os municípios de Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto e Salto da Divisa.
* O suspeito era monitorado há aproximadamente seis meses pelas autoridades e teria se refugiado no Rio de Janeiro, de onde continuava comandando as operações do tráfico
* As investigações apontam que ele utilizava parte dos lucros obtidos com o tráfico para pagar por proteção e esconderijo no Rio de Janeiro
* Era apontado como mandante de diversos crimes violentos na região, incluindo homicídios e roubos
A PCMG identificou que o suspeito mantinha ligações com uma organização criminosa do sul da Bahia, associada ao Comando Vermelho. Nos últimos anos, o grupo expandiu suas atividades para o extremo nordeste de Minas Gerais, principalmente em municípios próximos à divisa, causando uma mudança significativa no padrão da criminalidade local, com aumento da violência e uso de armamento pesado.
A operação realizada no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes – sendo 117 suspeitos e quatro policiais – é considerada a mais letal da história do estado. Os corpos foram encontrados na área da Serra da Misericórdia, região conhecida como Vacaria, e posteriormente transportados para a Praça São Lucas para facilitar o reconhecimento.
O atendimento aos familiares das vítimas está sendo realizado no Detran, adjacente ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio. A Polícia Civil de Jacinto aguarda a confirmação oficial das identidades para verificar se o suspeito está entre os mortos no confronto.