O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador do Banco Central que antecipa o comportamento do PIB, registrou crescimento de 0,4% em agosto, após três meses consecutivos de queda. O resultado positivo sinaliza uma recuperação da atividade econômica brasileira.
O índice, que utiliza metodologia similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentou variações positivas em diferentes perspectivas temporais. Na comparação com agosto de 2024, houve alta de 0,1%, enquanto no acumulado de 12 meses a expansão alcançou 3,2%. No ano, o crescimento registrado foi de 2,6%.
* A indústria liderou o crescimento em agosto, com expansão de 0,8% na atividade econômica
* O setor de impostos apresentou aumento de 0,7%
* Os serviços registraram crescimento moderado de 0,2%
* A agropecuária foi o único setor com resultado negativo, apresentando retração de 1,9%
O IBC-Br é uma ferramenta fundamental para a tomada de decisão do Banco Central em relação à taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 15% ao ano. O índice consolida informações sobre o nível de atividade dos principais setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
A Selic, principal instrumento do BC para controle inflacionário, é ajustada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) considerando, entre outros fatores, os dados do IBC-Br. Taxas mais elevadas contribuem para conter a demanda e, consequentemente, a inflação, embora possam impactar negativamente o crescimento econômico.