A Polícia Civil de Minas Gerais realizou a prisão de um homem suspeito de furtar residências em Belo Horizonte por 17 anos. A operação, liderada pela delegada Bianca Prado, teve como ponto de partida um furto ocorrido em junho deste ano no Bairro São Bento, região Centro-Sul da capital mineira.
O suspeito foi detido em sua residência em Ibirité, na Região Metropolitana de BH, na manhã desta quarta-feira (15/10). Durante a abordagem policial, os agentes encontraram diversas joias, cuja origem ainda está sendo investigada.
* O criminoso agia de forma meticulosa, se passando por potencial comprador de imóveis. Em junho, ele visitou uma casa no Bairro São Bento, onde subtraiu um perfume importado, R$ 1.200 em dinheiro e diversas joias.
* Durante a visita, o suspeito manteve o rosto coberto com máscara de proteção facial, similar às utilizadas durante a pandemia da COVID, dificultando sua identificação.
* Ao final da visita guiada, alegou que a compra seria para seus pais e solicitou permissão para fazer um vídeo do imóvel.
A delegada destacou que a identificação do suspeito foi possível graças a um descuido: “O tempo inteiro ele se apresentou para a corretora e para a proprietária com uma máscara de proteção facial, como a usada durante a pandemia da COVID. Então, ele não ficou com o rosto aparente. Mas, enquanto filmava no segundo andar, por um momento, ele tirou a máscara em frente à faxineira, o que permitiu que a gente fizesse o reconhecimento dele de forma inequívoca”.
Segundo Bianca Prado, a identificação foi facilitada pelo padrão de comportamento do criminoso, que já era conhecido das autoridades. O reconhecimento foi realizado pela proprietária do imóvel, corretora e funcionária da limpeza, que identificaram características específicas como olhos e sobrancelhas.
A delegada fez um apelo público: “Nosso grande apelo é que pessoas que tenham tido a residência furtada durante uma suposta visita de corretor com cliente procurem a polícia e façam o registro. Assim, podemos verificar se é o mesmo homem para abrir novas investigações e tirá-lo de circulação pelo maior tempo possível.”