O Hamas libertou nesta segunda-feira vinte reféns israelenses que permaneceram em cativeiro por 738 dias em Gaza. A libertação acontece como parte de um acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o grupo palestino.
A operação de libertação está sendo intermediada pela Cruz Vermelha e envolve um grupo total de 48 sequestrados – 20 vivos e 28 supostamente mortos. O processo de transferência teve início na manhã desta segunda-feira.
* Os reféns estão sendo libertados em três locais diferentes na Faixa de Gaza, conforme informado por um representante do Hamas à Al Jazeera.
* Após serem recebidos pela Cruz Vermelha, os sequestrados são enviados para áreas controladas por Israel dentro de Gaza.
* O próximo destino é a base de Re”im, no sul israelense, onde encontrarão suas famílias, segundo o porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian.
* Aproximadamente 2.000 prisioneiros palestinos serão liberados após a confirmação da chegada dos reféns em território israelense.
* Cerca de 250 prisioneiros israelenses foram transferidos para as prisões de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e Ketziot, no sul de Israel.
Um dos principais pontos de impasse nas negociações é o desarmamento do Hamas, que declarou o tema como “fora de discussão”. Embora o plano americano preveja anistia para combatentes que entregarem seus arsenais, o grupo condiciona essa possibilidade à criação de um Estado palestino soberano com Jerusalém como capital.
O conflito já resultou em mais de 67 mil mortes em Gaza, principalmente mulheres e crianças, com aproximadamente 170 mil feridos. Do lado israelense, 1.600 pessoas perderam a vida. A devastação em Gaza atingiu 90% das moradias, forçando o deslocamento de quase dois milhões de pessoas, que enfrentam fome e falta de ajuda humanitária devido aos bloqueios israelenses.