Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais (Copasa) anunciaram uma paralisação de três dias em protesto contra o projeto de privatização da empresa que está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A mobilização, programada para os dias 21, 22 e 23 de outubro, visa contestar especialmente a votação que pode eliminar a necessidade de consulta popular para a privatização da Copasa e sua subsidiária Copanor.
* No dia 21, quando está prevista a votação em primeiro turno sobre a retirada da consulta popular, os funcionários realizarão protestos em frente à ALMG, em Belo Horizonte, enquanto servidores do interior se manifestarão nas unidades locais da companhia
* Para o dia 22, está programada uma audiência pública na ALMG para debater a privatização. Eduardo Pereira, presidente do Sindágua, estima a presença de aproximadamente 5 mil manifestantes, que farão uma caminhada partindo da sede da Copasa, no Bairro Santo Antônio
* O terceiro dia de manifestações completará o ciclo de protestos contra a iniciativa do governo estadual
A iniciativa do governo Romeu Zema inclui a PEC 24/2023, que propõe a retirada do referendo para privatizações de estatais, e o PL 4.380/2025, que trata especificamente da privatização da Copasa. O governo pretende utilizar os recursos da venda para amortizar a dívida de R$ 172 bilhões que Minas Gerais tem com a União, como parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).