O governo Trump intensificou sua presença militar no Caribe com o envio de um grupo de ataque que inclui porta-aviões, navios de guerra e aeronaves de combate, em meio à crescente tensão com a Venezuela. A decisão marca uma significativa escalada nas operações militares americanas na região, que já registrou dez ataques a embarcações.
O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou nesta sexta-feira (24) a realização do décimo ataque a uma embarcação na América Latina, resultando na morte de seis tripulantes acusados de tráfico de drogas. A operação ocorreu em águas internacionais próximas à costa venezuelana.
* As forças americanas realizaram oito ataques no mar do Caribe e dois no Oceano Pacífico, próximo à costa norte da Colômbia, desde o início do mês
* O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, declarou no X que a presença reforçada visa “detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança americana”
* Hegseth advertiu que narcotraficantes serão tratados como “Al-Qaeda”, prometendo mapear redes e rastrear pessoal suspeito
* O presidente venezuelano Nicolás Maduro fez um apelo direto a Trump em inglês: “No crazy war, please. Não à guerra louca”
* O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, denunciou a presença da CIA no país
* Trump autorizou operações secretas, que segundo o The New York Times, podem incluir “operações letais” contra alvos venezuelanos
As justificativas oficiais americanas para as operações focam no combate ao narcotráfico. No entanto, dados da ONU enfraquecem este argumento, indicando que o fentanil, principal causa de overdoses nos EUA, tem origem principalmente no México.
Trump anunciou ainda possíveis ações terrestres contra cartéis, declarando que não necessitará de autorização do Congresso para uma declaração formal de guerra. “Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país”, afirmou o presidente americano.
A escalada militar ocorre em um momento em que os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, recentemente classificado pelo governo Trump como organização terrorista internacional, aumentando as especulações sobre uma possível ofensiva para derrubar o regime venezuelano.