Novos ataques letais na Faixa de Gaza ameaçam desestabilizar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Em resposta à situação, os emissários americanos Steve Witkoff e Jared Kushner chegaram nesta segunda-feira (20) a Israel para supervisionar a implementação do acordo.
Israel realizou uma série de bombardeios em Gaza no domingo, alegando responder a ataques do Hamas, que negou ter realizado qualquer ofensiva. Os ataques resultaram em pelo menos 45 mortes, incluindo civis e um jornalista, segundo a Defesa Civil de Gaza.
* O Exército israelense anunciou a morte de dois soldados em Rafah, no sul do território, e acusou o Hamas de violar a trégua ao atirar contra militares
* Uma fonte do governo israelense afirmou que combatentes palestinos foram “eliminados em um bombardeio” ao se aproximarem de áreas sob controle israelense em Beit Lahia
* O Hamas declarou não ter “nenhum conhecimento de incidentes ou confrontos” em Rafah e reafirmou seu “compromisso total” com o acordo
Uma delegação do Hamas, liderada por Khalil Al Hayya, se reunirá com autoridades do Egito e do Catar no Cairo para discutir o frágil cessar-fogo e o cenário pós-guerra em Gaza. Paralelamente, Israel anunciou a reabertura da passagem de Kerem Shalom para ajuda humanitária.
Como parte do acordo, o Hamas já entregou 20 reféns vivos e 12 dos 28 cadáveres que permaneciam em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023. Em contrapartida, Israel libertou cerca de 2.000 prisioneiros palestinos.
O plano de paz prevê etapas posteriores, incluindo o desarmamento do Hamas e a anistia ou exílio de seus combatentes, além da continuidade da retirada israelense de Gaza. O conflito já causou 1.221 mortes do lado israelense e mais de 68.100 em Gaza, segundo dados oficiais.