O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta sexta-feira (17) que o líder venezuelano Nicolás Maduro fez diversas ofertas para tentar evitar um conflito com os EUA. A declaração surge em meio à crescente tensão entre os dois países, especialmente após Trump autorizar operações da CIA contra a Venezuela na quarta-feira (15).
O relacionamento entre as duas nações já estava comprometido desde agosto, quando começaram os ataques contra embarcações no Caribe, próximo à costa venezuelana. Durante uma coletiva de imprensa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Trump afirmou: “Ele ofereceu de tudo, é isso mesmo. Você sabe o porquê? Porque ele não quer se meter com os Estados Unidos”.
* Em agosto, os EUA enviaram sete navios de guerra para águas internacionais no Caribe
* Desde então, foram realizados pelo menos cinco ataques a embarcações, resultando em 27 mortes
* Na quinta-feira (16), Trump confirmou um ataque a um submarino supostamente carregado com drogas próximo à costa venezuelana
* O Pentágono alega que as incursões são direcionadas exclusivamente contra embarcações de narcotraficantes
O secretário de Estado, Marco Rúbio, presente na reunião junto com o secretário de Guerra, Pete Hegseth, defendeu as operações afirmando: “Os Estados Unidos estão realizando operações contra narcoterroristas. Isso é o que eles são: terroristas”.
Robinson Farinazzo, oficial da reserva da Marinha brasileira, expressou preocupação com as ações, alertando que algumas famílias das vítimas dos ataques contestam o envolvimento de seus parentes com o narcotráfico. “Na verdade, isso se trata de execução extrajudicial feita ao arrepio do direito internacional. Essas pessoas deveriam ser presas e conduzidas a um julgamento”, defendeu.
Em resposta às movimentações militares americanas, a Venezuela reforçou sua presença militar nos estados fronteiriços com a Colômbia. Trump acusa Maduro de manter vínculos com o narcotráfico, justificando assim a autorização para as operações da CIA contra o país.