O debate sobre a privatização da Copasa gerou um embate entre a deputada estadual Lohanna França (PV) e o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo). A discussão se intensificou após declarações de Simões sobre a necessidade da oposição “aceitar” possível derrota no debate sobre a privatização da companhia e a PEC que elimina o referendo popular para desestatização.
A parlamentar reagiu fortemente às declarações do vice-governador, que havia afirmado: “No processo democrático, a última vez que eu consultei o PT, ele mesmo dizia que quando a gente perde a eleição e a votação, a gente deve aceitar o resultado. Tenho certeza que os deputados vão saber fazer o que eles mesmos pregam: se perderem a votação, aceitar o resultado”.
Em resposta, Lohanna França criticou o histórico político de Simões: “Quando ele diz que se perder tem que aceitar, cabe lembrar que o histórico dele depõe contra ele. Porque ele que esteve no palanque de gente, que quando perdeu não aceitou. Ele que subiu no palanque de gente, que quando perdeu a eleição, colocou um monte de gente para quebrar o Congresso, para tentar explodir bomba em aeroporto, para tentar se explodir na frente do Supremo Tribunal Federal. Ele que apoia esse tipo de gente. Não é o nosso bloco, não somos nós”.
A deputada enfatizou que a oposição atua dentro dos limites legais, utilizando mecanismos democráticos como recursos judiciais e procedimentos de obstrução. “A gente vai ao judiciário, a gente usa os mecanismos de obstrução, todos eles que são mecanismos do sistema democrático e da legalidade. A gente não fala de colocar bomba na porta da Cidade Administrativa ou do Palácio”, destacou.
A PEC do Referendo tem movimentado intensamente a Assembleia Legislativa, com cinco das seis reuniões necessárias já realizadas, embora a oposição questione a validade de uma delas. Para a continuidade das discussões, foram agendadas três reuniões para quinta-feira (23): às 10h, 14h (quando deve iniciar a votação) e 18h.