O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro tomou medidas formais para investigar a questão das câmeras corporais utilizadas durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A ação ocorreu após declarações do secretário da PM, Marcelo Menezes, sobre possível perda de gravações devido ao esgotamento das baterias das câmeras durante a operação. As informações são da Globo.
A instituição enviou um ofício à Ouvidoria-Geral da Polícia Militar solicitando acesso imediato aos registros da operação realizada na última terça-feira (28). O documento também questiona sobre a utilização das baterias sobressalentes, que estão previstas em contrato.
* O documento especifica claramente no item 14 que “Deverão ser fornecidas baterias sobressalentes e bases de carregamento para todas as unidades da SEPM”
* A Defensoria Pública solicita esclarecimentos específicos sobre a “disponibilização e utilização de baterias sobressalentes para as câmeras operacionais portáteis durante a Operação Contenção”
A operação, que mobilizou aproximadamente 2.500 policiais civis e militares, teve início durante a madrugada e se estendeu por mais de 12 horas. As imagens das câmeras corporais são consideradas elementos cruciais para esclarecer as circunstâncias das mortes registradas durante a ação, que é considerada a mais letal da história.
O acesso a essas imagens torna-se ainda mais relevante considerando que a lista de mortos na megaoperação já conta com 99 pessoas identificadas, sendo 78 delas com histórico de crimes graves.