A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tornou-se palco de um intenso embate político em torno da PEC 24/2023, que propõe eliminar a exigência constitucional de referendo popular para a privatização da Copasa. A oposição ao governo de Romeu Zema (Novo) mobilizou-se para uma longa batalha parlamentar, que teve início na noite de quinta-feira (23).
Em uma demonstração simbólica de resistência, parlamentares da oposição chegaram preparados para uma sessão prolongada. O deputado Leleco Pimentel (PT) chamou atenção ao comparecer ao plenário munido de travesseiro e cobertor, sinalizando a disposição do grupo em estender os trabalhos pela madrugada.
* A votação iniciou-se por volta das 18h de quinta-feira (23), após a mesa diretora acatar questionamento da oposição sobre suposta irregularidade em reunião anterior
* A base governista busca reunir 48 votos necessários para aprovar a PEC em primeiro turno, enquanto a oposição articula possível apresentação de emenda ao texto, o que forçaria o retorno à comissão especial
* Manifestantes contrários à privatização acompanham a sessão das galerias, demonstrando a mobilização popular em torno do tema
A proposta divide opiniões na casa legislativa. Enquanto aliados do governador Zema defendem que a PEC é essencial para viabilizar a adesão de Minas ao programa federal de refinanciamento da dívida com a União, os opositores argumentam que a medida representa um ataque à soberania popular e à gestão pública de um serviço essencial.
Caso a PEC seja aprovada em primeiro turno, o texto retornará à comissão especial, com duas reuniões já agendadas para sexta-feira (24), às 9h e às 9h30, respeitando o intervalo mínimo de três dias para nova votação.