Com 120 mil reclamações, empresa de Virginia é proibida de fazer lives e terá que criar atendimento humano

Com 120 mil reclamações, empresa de Virginia é proibida de fazer lives e terá que criar atendimento humano

Liminar do MP-GO também obriga WePink a solucionar pedidos de reembolso; empresa terceiriza trocas e faz envios automatizados, segundo a ação

A WePink, empresa de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, está enfrentando sérios questionamentos legais após revelações feitas em uma liminar expedida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A empresa admitiu terceirizar processos de trocas e reembolsos, além de utilizar sistema automatizado para envios, enquanto enfrenta acusações de não corrigir supostas práticas abusivas.

O caso ganhou proporções significativas após uma ação conjunta entre o Procon e o Ministério Público, motivada por numerosos casos de atrasos e falhas na entrega de produtos comercializados online. A situação levou à proibição da empresa de realizar novas lives de vendas até que comprove disponibilidade de estoque dos produtos ofertados.

Principais Determinações Judiciais:

* O Tribunal de Justiça de Goiás estabeleceu prazo de 30 dias para a WePink estruturar um canal de atendimento não automatizado
* A empresa deve solucionar todas as reclamações pendentes que solicitam reembolso ou cancelamento
* Foi determinada a manutenção de um registro acessível de reclamações
* Em caso de descumprimento da proibição de lives, a empresa poderá ser multada em R$ 100 mil

Práticas Abusivas Identificadas:

* Ausência de entrega de produtos já pagos pelos consumidores
* Atrasos significativos nas entregas, chegando a ultrapassar sete meses
* Resistência em realizar reembolsos solicitados pelos clientes
* Sistema de atendimento automatizado ineficiente
* Remoção de comentários negativos nas redes sociais
* Entrega de produtos defeituosos ou diferentes do anunciado

O Ministério Público destacou que a empresa acumulou mais de 120 mil reclamações em menos de dois anos. A estratégia de marketing baseada em ofertas-relâmpago foi criticada por criar um senso artificial de urgência, levando a compras impulsivas. O órgão ressaltou que o uso da imagem de Virginia Fonseca amplificou o impacto dessa estratégia, considerando sua influência sobre milhares de seguidores.

A defesa da WePink, por meio do advogado Felipe de Paula, informou que a empresa ainda não foi citada legalmente e que se manifestará apenas após a citação oficial. Quanto à autuação do Procon, a empresa está buscando a revogação da multa dentro do prazo recursal.

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