Claudio Castro diz que foi mal interpretado em críticas ao Governo Federal

Claudio Castro diz que foi mal interpretado em críticas ao Governo Federal

Governador do Rio ameniza críticas ao governo federal e explica que foi mal interpretado sobre pedido de ajuda em megaoperação nos complexos do Alemão e Penha

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), esclareceu nesta terça-feira (28) sua posição sobre o apoio do governo federal na megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Castro afirmou que houve uma interpretação equivocada de suas declarações anteriores, quando mencionou que o estado estava “sozinho” na ação que resultou em mais de 60 mortes.

“Houve uma leitura errada da minha fala”, explicou Castro. “Eu não pedi ajuda. A pergunta do repórter foi se o governo federal estava participando da operação, eu falei que não e perguntaram por quê. Nas últimas três ocasiões, pedimos blindados e a resposta foi que só poderiam ser cedidos com GLO. Como o presidente é contra [a GLO], não adiantava pedir de novo”, esclareceu.

Em resposta às críticas iniciais, o Ministério da Justiça declarou que não recebeu solicitações relacionadas à operação desta terça-feira, ressaltando sua atuação contínua no estado desde outubro de 2023 através da Operação Nacional de Segurança Pública. A pasta destacou que a Polícia Federal realizou 178 operações no Rio este ano, sendo 24 focadas no combate ao tráfico de drogas e armas.

O governador explicou que a falta de comunicação prévia sobre a operação se deveu à expectativa de negativa por parte do governo federal quanto ao fornecimento de blindados, que era a principal necessidade do estado. Castro mencionou que mantém bom diálogo com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, e com Rui Costa, da Casa Civil.

Impactos na Cidade

A megaoperação causou significativas perturbações na rotina da Zona Norte do Rio:

* 39 escolas suspenderam total ou parcialmente suas atividades
* Unidades de saúde interromperam atendimentos
* Linhas de ônibus foram desviadas devido aos confrontos
* Moradores enfrentaram dificuldades de locomoção, tendo que caminhar longas distâncias
* Três civis foram baleados durante os confrontos

A operação, que envolveu cerca de 2.500 agentes, foi planejada durante 60 dias e contou com a participação do Ministério Público Estadual, respeitando os preceitos da ADPF 635. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, enfatizou que toda a logística foi realizada com recursos próprios, abrangendo aproximadamente 9 milhões de metros quadrados.

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