O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, formalizou sua filiação ao PSDB nesta quarta-feira (22), em um evento realizado em Fortaleza. A cerimônia foi marcada por intensas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, com destaque para denúncias de corrupção e questionamentos sobre as políticas sociais do atual governo.
A mudança partidária de Ciro Gomes, que deixou o PDT após anos como figura central do partido, aconteceu em um hotel da capital cearense, contando com a presença de deputados tucanos e lideranças da direita local. Durante o evento, o ex-ministro não poupou críticas ao atual governo federal e sinalizou seus planos políticos futuros.
Em seu discurso, Ciro Gomes fez declarações contundentes sobre o atual cenário político:
* Criticou diretamente o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), indicando uma possível disputa pelo governo do Ceará em 2026, afirmando que “vai desmascarar” o atual ministro
* Atacou as políticas sociais do governo Lula, classificando-as como “política clientelista” e criticando o alto índice de informalidade no mercado de trabalho: “Hoje, 38 em cada 100 trabalhadores e trabalhadoras no Brasil hoje estão empurrados para a informalidade”
* Destacou o aumento da população em situação de rua, mencionando que “a população de rua dobrou nos últimos 3 anos, são quase 400 mil pessoas morando ao relento”
* Afirmou que “o Brasil se encontra perdido, liderado por uma gente sem honra e que decidiu não unir o Brasil”
Ciro Gomes também abordou a questão das políticas assistenciais, reconhecendo sua importância em casos específicos, mas criticando sua abrangência: “Não que eu seja contra, às vezes um bocadinho que chega do Bolsa Família e do BPC é o que resta para botar o que de comer no bucho de uma criança com fome, eu entendo isso perfeitamente, mas o que bota uma nação para frente é o trabalho decentemente remunerado”.