China e Estados Unidos deram um novo passo para amenizar as tensões comerciais ao anunciarem uma nova rodada de negociações para a próxima semana. A decisão surge em meio a recentes conflitos envolvendo restrições chinesas sobre terras raras e ameaças americanas de retaliação com tarifas de 100%.
O momento é marcado por significativa tensão diplomática, após Pequim anunciar restrições às exportações de terras raras, materiais cruciais para indústrias de tecnologia e defesa, provocando ameaças do presidente americano Donald Trump de impor severas tarifas como resposta.
* O vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, realizaram uma “conversa franca, profunda e construtiva” por videoconferência, segundo a imprensa estatal chinesa.
* As partes concordaram em organizar nova rodada de negociações “o mais rápido possível”, sinalizando uma possível diminuição nas tensões comerciais.
* Trump confirmou, em entrevista à Fox News, seu encontro com o presidente Xi Jinping durante a cúpula da APEC na Coreia do Sul.
Os países do G7 já demonstram movimentação coordenada em resposta às restrições chinesas. O comissário de Economia da União Europeia, Valdis Dombrovskis, informou que os ministros concordaram em desenvolver uma resposta conjunta de curto prazo e buscar diversificação de fornecedores.
A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, expressou otimismo quanto à possibilidade de um acordo entre as nações para reduzir as tensões. O ministro das Finanças da Alemanha, Lars Klingbeil, também manifestou esperança de que o encontro entre Trump e Xi possa resolver grande parte do conflito comercial.
A guerra comercial entre as duas potências ganhou novo fôlego após Trump prometer impor tarifas generalizadas às importações no início do ano. Embora ambos os países tenham reduzido suas tarifas desde então, a situação permanece instável, com períodos anteriores registrando taxas que superaram três dígitos e causaram paralisação parcial do comércio.
A atual movimentação diplomática representa uma tentativa de evitar nova escalada no conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo, buscando um caminho para o diálogo e a estabilização das relações comerciais.