Capitão Hunter tem redes sociais suspensas após prisão por suspeita de estupro

Capitão Hunter tem redes sociais suspensas após prisão por suspeita de estupro

Influenciador digital é investigado por suspeita de exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável após denúncia de menor de 13 anos

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) solicitou à Justiça do Rio a suspensão das contas nas redes sociais do youtuber João Paulo Manoel, 45 anos, conhecido como Capitão Hunter, após sua prisão na quarta-feira (22). O influenciador, morador de Santo André, no ABC Paulista, é investigado por suspeita de exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável.

A investigação teve início após a denúncia de uma menina de 13 anos ao Ministério Público do Rio. O caso revelou um padrão de comportamento preocupante, onde o influenciador, que possui mais de 1 milhão de seguidores e produz conteúdo sobre Pokémon, supostamente utilizava sua popularidade para atrair menores de idade.

Desenvolvimento da Investigação

* A vítima relatou ter conhecido Capitão Hunter em 2023, aos 11 anos, durante um evento sobre Pokémon em um shopping no Rio, onde ele se apresentou aos pais como alguém interessado em apoiar sua carreira gamer
* As conversas migraram para o ambiente digital, principalmente através do Discord e WhatsApp, onde o conteúdo passou a ter teor sexual
* A polícia confirmou, através do rastreamento de IP, que as conexões eram originadas do endereço do investigado em Santo André
* Durante depoimento especial, a menor afirmou que o influenciador alterava seu comportamento durante a noite, fazia comentários sobre seu corpo e solicitava imagens íntimas

Evidências e Materiais Apreendidos

* A investigação reuniu prints de conversas, vídeos e mensagens com conteúdo sexual explícito
* Foram apreendidos 6 celulares, 3 pen-drives e uma CPU durante a operação
* O material será periciado para buscar indícios de outras possíveis vítimas

A delegada Maria Luiza Machado declarou: “Trata-se de um abusador com elevado grau de periculosidade, atraindo crianças e adolescentes por meio de um perfil mentiroso para que ganhe a confiança dos vulneráveis e passe a assediá-las e coagi-las à prática de atos libidinosos”.

O juiz Daniel Werneck Cotta, ao decretar a prisão temporária de 30 dias, ressaltou que o investigado mantém contato direto com milhares de crianças e adolescentes, e sua liberdade poderia resultar na destruição de provas.

A defesa de João Paulo Manoel, através do advogado Rafael Feltrin, afirma que “todas essas informações, acusações e imputações são absolutamente inverídicas e serão esclarecidas no momento oportuno”.

A Dcav continua investigando possíveis casos adicionais, incluindo suspeitas de trocas de mensagens íntimas com um menino de 11 anos. As autoridades orientam pais e responsáveis a monitorarem o uso das redes sociais por crianças e adolescentes, atentos a sinais de possível aliciamento.

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