O Brasil conquistou uma posição de destaque no cenário mundial de apostas online, tornando-se o quinto maior mercado do setor. Segundo dados exclusivos da consultoria internacional Regulus Partners, as empresas de bets devem faturar aproximadamente R$ 22 bilhões no país em 2025.
De acordo com as projeções, o Brasil figura atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Rússia no ranking global. A Secretaria de Prêmios e Apostas confirma o crescimento expressivo do setor, revelando que as 78 empresas autorizadas já faturaram R$ 17,4 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025.
* A pandemia de covid-19 e os lockdowns serviram como catalisador inicial para o crescimento do setor, conforme destaca Paul Leyland, especialista da Regulus Partners.
* O período entre 2018 e 2024, marcado pela legalização sem regulamentação efetiva, permitiu que as empresas operassem com poucas restrições, implementando estratégias agressivas de marketing.
* A implementação do pix em 2021 simplificou significativamente as transações, diferenciando o Brasil de outros mercados latino-americanos onde ainda predominam operações em dinheiro físico.
* O alto nível de bancarização da população brasileira e sua receptividade a novas tecnologias digitais contribuíram para o crescimento acelerado do setor.
O futebol brasileiro tornou-se um dos principais vetores de crescimento das bets, com:
* 18 dos 20 times da Série A exibindo marcas de apostas em suas camisas
* Contratos milionários de patrocínio, somando mais de meio bilhão de reais
* A Betano lidera os investimentos com R$ 220 milhões no patrocínio do Flamengo
O crescimento acelerado do setor também traz preocupações. Uma análise do Banco Central revelou que cinco milhões de beneficiários do Bolsa Família realizaram transferências para sites de apostas, levando o STF a determinar restrições ao uso de recursos assistenciais para bets.
A regulamentação atual proíbe publicidade direcionada a menores de idade, enquanto um projeto de lei mais restritivo tramita no Congresso desde 2023, propondo limitações adicionais à publicidade do setor.
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e representantes do setor defendem que a publicidade é necessária para combater o mercado ilegal e argumentam que os investimentos têm contribuído para o desenvolvimento do futebol brasileiro.