Uma falha técnica no sistema do Bank of Ireland causou um incidente incomum que permitiu clientes realizarem saques e transferências além de seus limites disponíveis, provocando uma corrida aos caixas eletrônicos e necessitando intervenção policial.
O problema ocorreu devido a uma inconsistência na sincronização de limites em tempo real entre os canais digitais do banco, permitindo que usuários realizassem operações financeiras acima de seus saldos e limites habituais.
* Clientes conseguiram sacar até 500 euros diretamente com cartão em caixas eletrônicos, mesmo sem saldo suficiente
* Alguns usuários transferiram valores para outras instituições ou carteiras digitais, realizando saques de até 1.000 euros
* A falha afetou tanto o aplicativo quanto o internet banking do banco
* O sistema falhou em cruzar adequadamente saldo, teto de transações e histórico dos clientes
* O Bank of Ireland classificou o episódio como um “glitch” e emitiu pedidos de desculpas
* A instituição alertou que todas as operações seriam lançadas como débito posteriormente
* A Garda (polícia irlandesa) foi mobilizada para monitorar áreas com maior movimento
* Patrulhas foram designadas para pontos de maior fluxo para manter a ordem
Para minimizar o impacto financeiro sobre os correntistas, o banco estendeu o prazo para regularização dos descobertos não autorizados por três meses adicionais. A instituição manteve comunicação constante reforçando que não havia “dinheiro grátis” e que todas as operações seriam debitadas nas contas.
O incidente gerou debates sobre a resiliência operacional e planos de contingência no setor bancário, especialmente em situações onde falhas técnicas podem incentivar comportamentos de massa. O caso serve como alerta tanto para instituições financeiras quanto para consumidores sobre os riscos e consequências de aproveitar brechas em sistemas bancários.
A experiência demonstrou a importância da comunicação clara e imediata com os clientes, além da necessidade de coordenação com autoridades para gestão de crises. O banco não divulgou números consolidados de pessoas afetadas ou o montante total envolvido nas operações irregulares.