A Receita Federal anunciou nesta quinta-feira (23) que a arrecadação do governo federal atingiu R$ 216,73 bilhões em setembro, representando um crescimento de 1,43% em comparação ao mesmo período de 2024. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o total arrecadado alcançou R$ 2,1 trilhões, registrando um aumento de 3,49% em relação ao ano anterior, considerando valores já ajustados pela inflação.
Segundo a Receita Federal, este resultado representa o melhor desempenho em arrecadação de impostos, contribuições e outras receitas dos últimos 25 anos. O órgão destaca que, desconsiderando eventos não recorrentes e alterações na legislação tributária ocorridas em 2024, como a situação de calamidade pública no Rio Grande Sul, o crescimento real da arrecadação em setembro teria sido ainda maior, chegando a 3,73%.
Das receitas administradas pelo Fisco, o valor arrecadado em setembro totalizou R$ 210,7 bilhões. Um destaque significativo foi o desempenho do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que registrou um expressivo crescimento de 33,42% no mês, totalizando R$ 8,4 bilhões. Este aumento substancial é atribuído principalmente às operações de saída de moeda estrangeira e operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, que foram objeto de recentes alterações na legislação.
O aumento na arrecadação representa um sinal positivo para o governo federal, que busca atingir a meta de déficit zero nas contas públicas este ano. No entanto, o Ministério da Fazenda continua em busca da aprovação de medidas adicionais para incrementar a entrada de recursos, uma vez que os gastos ainda superam as receitas federais.
Vale ressaltar que o decreto que aumentou o IOF, implementado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrentou resistência no Congresso, chegando a ser derrubado, mas a decisão foi posteriormente revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).