O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou nesta quarta-feira, 3, que o projeto de anistia em tramitação no Congresso deve beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro “em segundo momento”, enquanto este é julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Costa Neto também revelou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está articulando em Brasília pela aprovação do perdão aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
Em entrevista à GloboNews, Valdemar Costa Neto defendeu que “não podemos fazer uma anistia se Bolsonaro não foi condenado ainda” e argumentou que espera “que haja o entendimento que esse pessoal que não teve direito a defesa possa ser anistiado. Todos foram presos no 8 de Janeiro sem se defender”.
Sobre as articulações políticas, o presidente do PL destacou:
* O governador Tarcísio de Freitas tem atuado ativamente junto ao Republicanos para viabilizar a anistia, embora Costa Neto negue que isso seja uma condição para apoiá-lo como candidato à Presidência em 2026
* O PL aguardará a indicação de Bolsonaro para escolher seu candidato presidencial, seja Tarcísio ou Eduardo Bolsonaro
* Segundo as projeções de Costa Neto, há apoio de diversos partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD, estimando cerca de 300 votos favoráveis à anistia
Em relação ao sistema eleitoral, Costa Neto admitiu que pesquisas internas do PL já indicavam a vitória de Lula no segundo turno de 2022. Afirmou ter plena confiança nas urnas eletrônicas, embora reconheça ser um “problema” com a direita.
Sobre outros temas polêmicos, o presidente do PL comentou a situação da deputada Carla Zambelli, afirmando que “a Carla errou, coitada, ela faz as coisas pela cabeça dela. Deveria ter ficado nos Estados Unidos, mas foi para a Itália”. Quanto a Eduardo Bolsonaro, disse que “vão levando até onde vai dar” em referência ao limite de faltas do deputado.
Costa Neto também tentou minimizar o envolvimento de Eduardo Bolsonaro nas sanções americanas contra o Brasil, afirmando que o deputado está nos EUA apenas para “defender o pai”.