Tarifa zero no transporte público de BH passa por análise de comissões

Tarifa zero no transporte público de BH passa por análise de comissões

Projeto que pode instituir gratuidade nos ônibus de Belo Horizonte será avaliado pela Comissão de Orçamento antes de ir ao plenário

O Projeto de Lei (PL) que propõe a implementação da tarifa zero no transporte público de Belo Horizonte está prestes a atingir uma etapa crucial em sua tramitação. O texto, que tramita na Câmara Municipal desde fevereiro, chegará à última fase de análise antes da votação em primeiro turno, passando pela Comissão de Orçamento e Finanças Públicas nesta sexta-feira (5).

O PL 60/2025, que conta com o apoio de 22 dos 41 vereadores da Câmara, propõe a criação do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo (FSTC), financiado pela Taxa do Transporte Público (TTP). A iniciativa visa eliminar a atual tarifa de R$ 5,75 dos ônibus da capital mineira.

Principais pontos do projeto e sua tramitação:

* O texto recebeu pareceres favoráveis nas comissões de Legislação e Justiça e de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços

* Na Comissão de Administração Pública, o projeto avançou mesmo sem manifestação do relator, vereador Juninho Los Hermanos (Avante)

* A última etapa será na Comissão de Orçamento e Finanças Públicas, com parecer da vereadora Marcela Trópia (Novo)

Estrutura do financiamento proposto:

* As empresas deixariam de pagar vale-transporte e passariam a contribuir para o fundo de financiamento geral

* A taxa seria aplicada a partir do décimo funcionário, isentando pequenos empreendimentos

* O custo previsto é de R$ 168,82 por empregado, equivalente a R$ 5,63 diários por funcionário

A prefeitura de Belo Horizonte tem demonstrado resistência ao projeto. O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) classificou a proposta como uma “utopia”, e o secretário de governo, Guilherme Daltro, indicou que seria necessário apoio federal ou estadual para viabilizar a iniciativa.

O sistema de transporte público de BH já conta com subsídios municipais desde 2022, complementando o financiamento além dos valores arrecadados com as tarifas. Em agosto, houve uma reunião entre secretários municipais e vereadores apoiadores do projeto, gerando expectativas positivas, embora o executivo continue sinalizando preocupações quanto à viabilidade econômica da proposta.

Caso o projeto seja aprovado na Comissão de Orçamento e Finanças Públicas, seguirá para votação em primeiro turno no plenário da Câmara Municipal, onde todos os vereadores poderão se manifestar sobre a matéria.

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