Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, decidiu manter distância de Brasília durante a segunda e possivelmente última semana do julgamento de Jair Bolsonaro relacionado à tentativa de golpe. Esta decisão vem após sua recente radicalização de discurso e participação em manifestações na Avenida Paulista.
O governador paulista, que anteriormente demonstrou forte engajamento nas articulações pela anistia de Bolsonaro no Congresso, agora sinaliza um recuo estratégico. Sua agenda atual está focada em compromissos estaduais, principalmente reuniões com secretários do governo paulista.
A estratégia de Tarcísio de Freitas baseia-se na avaliação de que o momento atual requer foco nos líderes partidários, enquanto as atenções estão voltadas para os votos dos ministros do STF sobre a trama golpista. Seus interlocutores indicam que disputar espaço neste cenário não seria produtivo.
Mesmo mantendo distância física de Brasília, Tarcísio de Freitas continua acompanhando o julgamento remotamente. Durante seu discurso na Avenida Paulista, chegou a ecoar argumentos da defesa, mencionando possíveis “cicatrizes” caso inocentes sejam condenados.
Na primeira fase do julgamento, o governador esteve presente em Brasília, defendendo fortemente a proposta de anistia. Paralelamente, tem se distanciado do STF e de ministros com quem tradicionalmente mantinha bom relacionamento institucional.