O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), defendeu o tom crítico de seu discurso durante manifestação na Avenida Paulista em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o evento, que pedia anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o governador afirmou que suas palavras representam o sentimento popular. “É fundamental que tenhamos Jair Messias Bolsonaro na eleição do ano que vem. Só existe um candidato para nós, que é Jair Messias Bolsonaro”, disse.
Em uma demonstração de mudança em sua postura habitual, Tarcísio, que costumava evitar embates diretos com o Supremo Tribunal Federal, fez duras críticas à corte e especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. “As pessoas estão cansadas, muito cansadas. Só traduzi um pouco do sentimento das pessoas”, declarou o governador ao justificar o tom adotado em seu pronunciamento.
Durante sua fala no ato, Tarcísio expressou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes” e manifestou sua oposição à “ditadura de um Poder sobre o outro”. Esta mudança de posicionamento foi bem recebida pelos apoiadores do ex-presidente, incluindo Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, que classificou o discurso como “duríssimo” e um “divisor de águas”.
O governador paulista também destacou que as manifestações demonstraram haver um “clamor popular” pela anistia, argumentando que a mobilização fortalece as articulações para aprovação da medida no Congresso. “Tem uma parcela da população que acha injusto o que está acontecendo. Foi uma manifestação de força. Ruas lotadas não só aqui em São Paulo, mas em outras cidades, onde tivemos sucesso. Grande mobilização, muita gente de verde e amarelo. A gente acredita que isso ajuda, dá força às articulações. Vai se estabelecendo um consenso que a gente precisa de um caminho para a pacificação e esse caminho é o da anistia”, concluiu.