O caso da morte de Pedrinho, criança de 2 anos em Santa Isabel, ganhou novos desdobramentos com a confirmação do laudo definitivo apontando asfixia como causa da morte. A mãe, Giovanna Cerazo Danin, e o padrasto Jeferson Ivan Lopes dos Santos, ambos de 21 anos, foram presos nesta terça-feira (2).
Segundo a delegada Regina Campanelli, responsável pelo caso, as investigações se tornaram complexas após versões contraditórias apresentadas pelo padrasto no hospital. Inicialmente, ele alegou que a criança havia caído da escada, posteriormente mudando a versão para uma queda durante o banho.
* O laudo anatomopatológico confirmou que a morte foi causada por asfixia, com suspeita de que o padrasto tenha usado as mãos para sufocar a parte superior da criança
* Durante as buscas, foram encontrados dois colchões na residência, sendo que o colchão de Pedrinho apresentou forte reação ao luminol, indicando presença de sangue
* Mais de vinte testemunhas foram ouvidas durante o inquérito policial
* Vizinhos relataram episódios anteriores de maus-tratos, incluindo um incidente em que o menino apresentou olhos inchados, sem que fosse levado ao médico
A mãe do menino deve responder por homicídio com dolo eventual, pois, conforme a investigação, assumiu o risco ao deixar o filho sob os cuidados do companheiro, mesmo tendo conhecimento de situações anteriores de maus-tratos. Testemunhas relataram casos de negligência, incluindo ocasiões em que o casal deixava o menino sozinho para frequentar festas.
Chaiana Simão de Deus Reis, avó materna de Pedrinho, que inicialmente suspeitou do homicídio, desabafou: “Me sinto com o coração apertado, mas a justiça tem que ser feita para ambas as partes”.
A prisão decretada é temporária, com validade de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período. A delegada Campanelli informou que, com o resultado final do Instituto de Criminalística, será solicitada a prisão preventiva, que se estenderá até o final do julgamento.