O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância estratégica da energia nuclear para o Brasil durante a posse dos diretores da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). O ministro enfatizou que a expansão do setor nuclear é fundamental para garantir a soberania nacional e apoiar a transição energética do país.
Com as usinas Angra 1 e Angra 2 em operação e Angra 3 em fase de conclusão, o Brasil já produz cerca de 3% de sua energia elétrica através de fontes nucleares. Silveira ressalta que ampliar essa capacidade é essencial para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e garantir estabilidade energética.
* A energia nuclear oferece estabilidade e previsibilidade na geração elétrica, especialmente durante períodos de baixa produção de fontes renováveis
* O setor nuclear complementa outras fontes de energia limpa, como hidrelétrica, solar e eólica, garantindo fornecimento contínuo
* A tecnologia nuclear permite que o país planeje sua matriz elétrica de forma estratégica, minimizando riscos de apagões
* O governo planeja investimentos significativos, incluindo R$ 13 bilhões para a conclusão de Angra 3
* Universidades e centros de pesquisa desenvolvem tecnologias nucleares avançadas, como reatores de quarta geração
* Programas de capacitação profissional estão sendo implementados para formar especialistas no setor
O ministro Silveira também destacou a importância de políticas públicas eficazes e regulamentação clara para o desenvolvimento do setor. Segundo ele, normas de segurança modernas e fiscalização rigorosa são fundamentais para atrair investimentos e aumentar a confiança da população.
Em termos ambientais, a energia nuclear apresenta baixo impacto quando comparada aos combustíveis fósseis. Dados da World Nuclear Association indicam que cada megawatt-hora gerado por energia nuclear emite apenas 12 gramas de CO₂, enquanto o carvão gera cerca de 820 gramas.
A expansão do setor nuclear também fortalece a posição geopolítica do Brasil na América Latina, permitindo maior competitividade em setores industriais intensivos em energia e autonomia nas decisões internacionais relacionadas à energia.