A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quarta-feira (10) a Operação Quimera Fiscal, visando desmantelar um esquema fraudulento que persistiu mesmo após ter sido alvo da Operação Ornitorrinco em março deste ano.
A investigação revelou um sofisticado esquema de falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, operado através de uma rede de consultorias falsas que prometiam reduções tributárias extraordinárias a empresários.
* A operação identificou o envolvimento de 187 contribuintes distribuídos em 65 cidades de 14 estados diferentes, resultando em um prejuízo estimado superior a R$ 244 milhões aos cofres públicos.
* As autoridades cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em diferentes localidades: São Paulo capital, Santana de Parnaíba (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porto Alegre (RS).
* O principal suspeito, segundo as investigações, chegou a utilizar CPFs falsos para executar os golpes, demonstrando a complexidade do esquema fraudulento.
As falsas consultorias elaboravam documentos e processos fraudulentos para convencer empresários sobre a possibilidade de redução legal de tributos. Na prática, realizavam compensações tributárias ilegais, cobrando até 70% do valor “economizado” como honorários. Os recursos obtidos eram posteriormente lavados através da aquisição de imóveis e bens de luxo, tanto no Brasil quanto no exterior.
A escolha do nome “Quimera Fiscal” para a operação faz referência à criatura mitológica formada por partes de diferentes animais, simbolizando a natureza ilusória e enganosa do esquema, que mesclava elementos reais com falsificações para criar uma aparência de legalidade.