PGR rejeita recurso para encerrar ação contra Jaques Wagner

PGR rejeita recurso para encerrar ação contra Jaques Wagner

Paulo Gonet, chefe da PGR, defende continuidade do processo contra líder do governo Lula no Senado em caso envolvendo obras da Arena Fonte Nova

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contra o pedido de Jaques Wagner, atual líder do governo Lula no Senado, para encerrar uma ação de improbidade que corre na Justiça Federal da Bahia. O processo, que estava suspenso por decisão do ministro Dias Toffoli desde agosto, investiga possíveis prejuízos aos cofres públicos em um empréstimo do BNDES destinado às obras da Arena Fonte Nova para a Copa do Mundo de 2014, realizadas pelas construtoras Odebrecht e OAS.

O caso envolve o período em que Jaques Wagner ocupava o cargo de governador da Bahia, e ganhou nova relevância após a manifestação do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, que se posicionou pela continuidade da ação.

* A defesa do senador petista argumentou junto ao ministro Dias Toffoli que a ação do Ministério Público Federal baseava-se em provas dos sistemas Drousys e MyWebDay, utilizados pela Odebrecht para gerenciar pagamentos de propinas, que foram anuladas pelo STF em 2021.

* O ministro Dias Toffoli havia concedido uma liminar suspendendo a ação, alegando possíveis “danos irreparáveis aos direitos políticos” de Jaques Wagner, especialmente considerando que havia uma audiência marcada para o início de agosto.

* Em sua manifestação do dia 29 de dezembro, Paulo Gonet argumentou que a decisão que anulou as provas não pode ser estendida ao senador, pois a ação na Justiça Federal da Bahia não depende dos sistemas da Odebrecht para comprovar os supostos atos de improbidade administrativa.

Gonet enfatizou em sua manifestação que “os fatos imputados relacionam-se, portanto, à lisura dos certames e da execução do contrato, sem incursão sobre a operacionalização de vantagens indevidas. Desse modo, o deslinde da ação de improbidade prescinde de dados ou documentos oriundos dos sistemas utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”.

O PGR também ressaltou que a avaliação sobre uma possível contaminação de provas na ação deve ser realizada pela Justiça Federal em primeira instância, não pelo STF.

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