Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indica que o setor de comércio e serviços deve gerar aproximadamente 118 mil novas vagas de trabalho em todo o país até o final do ano, incluindo posições temporárias, efetivas, informais e terceirizadas.
O estudo revela uma movimentação significativa no mercado de trabalho sazonal, com 33% das empresas já tendo contratado ou com planos de contratação, sendo que 20% deste grupo ainda não efetivou as contratações, mas manifesta interesse em fazê-lo. Por outro lado, 59% das empresas não preveem novas contratações, especialmente as microempresas com até quatro funcionários.
* O aumento da demanda no fim de ano é apontado por 47% dos empresários como principal motivo para reforçar as equipes
* 22% citam a necessidade de reposição devido à alta rotatividade
* 20% buscam melhorar a qualidade dos serviços frente à concorrência
* 50% das empresas optarão por contratos temporários com duração média de 2,5 meses
* 47% das empresas planejam efetivar os funcionários temporários após o período
* 53% serão contratações com carteira assinada
* 41% sem registro formal
* 18% terceirizados
* 87% das vagas são para trabalho presencial
* Funções mais demandadas: vendedor (31%), cabeleireiro (8%), ajudante (6%), manicure (6%) e balconista (6%)
* Remuneração média: R$ 1.819,36
* 39% oferecerão um salário mínimo (R$ 1.518)
* 39% pagarão até dois salários mínimos (R$ 3.036)
* Jornada média de trabalho: 7h08 por dia
* 56% das empresas oferecerão benefícios, incluindo vale-transporte (77%), vale-alimentação ou refeição (60%) e participação nos lucros ou comissões (16%)
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, demonstra otimismo apesar da instabilidade econômica citada por 32% das empresas que não pretendem contratar: “O brasileiro está buscando oportunidades, e o mercado está se movimentando para atender a essa demanda. Acreditamos que o segundo semestre será um período de crescimento para os pequenos e médios negócios, que são a espinha dorsal da nossa economia”.