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Paolla Oliveira abriu seu coração em uma entrevista reveladora ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do jornal O Globo, onde compartilhou suas experiências com as constantes críticas e cobranças sobre seu corpo. A atriz descreveu o período como uma “crise gigante” que afetou profundamente sua vida pessoal e profissional.
Durante a entrevista, Paolla detalhou os momentos difíceis que enfrentou:
* A artista relatou o desconforto constante com as cobranças: “O inferno que se tornou a minha vida. O desagrado, a insuficiência. Quando se coloca uma roupa em que se sente bonita e não está bonita para os outros”.
* Sobre sua carreira, revelou que as questões estéticas sobrepunham seu trabalho como atriz: “Quando ia fazer um trabalho e me perguntavam sobre quantos quilos ia emagrecer e não sobre o personagem”.
* A pressão se estendia até mesmo durante o carnaval, período em que as perguntas focavam apenas em dietas, levando-a a um estado de “modo sobrevivência” nas respostas.
A atriz encontrou na internet um espaço de acolhimento e identificação. Segundo ela, o movimento de mulheres se mostrando e celebrando a diversidade foi fundamental para sua transformação pessoal. “Existe outro caminho, existe quem eu sou”, afirmou, descrevendo o processo como “libertador”.
Paolla destacou que, apesar das cobranças ainda existirem, conseguiu encontrar mais conforto em sua própria pele. “A régua continua cruel demais, temos que ser mais magra, mais jovem, mais bonita. Mas a partir do discurso posto, conseguimos arrumar lugar de mais conforto”, explicou.
A artista reforçou seu compromisso em continuar abordando o tema, mesmo quando questionada sobre isso: “Quando a gente sai das nossas bolhas, encontra mulheres que precisam ouvir que podem ser livres em relação a várias coisas, inclusive aos corpos. Vou continuar falando”.
Em sua conclusão, Paolla enfatizou a importância da autoaceitação: “A liberdade de escolha de ser quem se é, de envelhecer, de emitir opinião, você vai carregar com você. Ser linda, jovem, sexy, passa, e aí, é igual a fracasso. É preciso estar de acordo com o que acha da vida e de você”.
