O Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro envolvendo o PCC na região da Faria Lima, uma das áreas mais nobres de São Paulo. A investigação descobriu que padarias e lojas de conveniência eram utilizadas como fachada para ocultar patrimônio de pessoas ligadas ao setor de combustível.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a organização criminosa desenvolveu um complexo sistema para dificultar o rastreamento dos verdadeiros beneficiários do esquema. O mecanismo envolvia múltiplas camadas de empresas, com frequentes alterações de proprietários e documentação.
A investigação revelou um padrão específico de operação:
* As empresas eram constituídas inicialmente em nome de laranjas, pessoas que emprestavam seus nomes para ocultar os reais proprietários
* Os estabelecimentos eram encerrados rapidamente e transferidos para outros proprietários, criando uma cadeia de mudanças que dificultava o rastreamento
* Foram identificados diversos casos de CNPJs em duplicidade, evidenciando uma tentativa deliberada de confundir as autoridades
A investigação não enumera a quantidade de padarias envolvidas, mas entre os estabelecimentos citados e aqueles em nome de investigados, já é possível citar ao menos seis estabelecimentos que realmente funcionam.