A Polícia Federal deflagrou uma operação contra um esquema de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais, que resultou em 22 prisões temporárias e 79 mandados de busca e apreensão. Alan Cavalcante do Nascimento foi identificado como líder da organização criminosa que fraudava licenças ambientais através de propinas a agentes públicos.
A investigação, iniciada em 2020, revelou um esquema sofisticado que movimentou valores expressivos, levando a Justiça Federal a determinar o bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão. Em Minas Gerais, foram identificados 17 alvos, alguns com múltiplos mandados, resultando em 20 prisões.
* Alan Cavalcante do Nascimento: Apontado como chefe do grupo criminoso
* Rodrigo de Melo Teixeira: Delegado da PF-MG, suspeito de ser sócio de empresa beneficiada pelo esquema
* Caio Mario Seabra: Diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM)
* João Alberto Paixão Lages: Sócio de Alan e articulador do esquema
* Breno Esteves Lasmar: Representante do Instituto Estadual de Florestas (IEF)
* Fernando Baliani da Silva: Funcionário estadual da FEAM
* Fernando Benício de Oliveira Paula: Membro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam)
* Helder Adriano de Freitas: Sócio na empresa mineração Gutesiht e articulador com servidores públicos
O esquema criminoso, segundo as investigações, corrompeu integrantes de diversos órgãos, incluindo a Agência Nacional de Mineração (ANM), IPHAN, Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Mais de R$ 3 milhões foram distribuídos em propinas, com alguns investigados recebendo pagamentos mensais regulares para favorecer os interesses da organização.